População brasileira não está preocupada com torcida ideológica, diz Cappelli

Em entrevista ao CB.Poder desta terça-feira (11/2) — uma parceria do Correio com a TV Brasília —, o presidente da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), Ricardo Cappelli (PSB), afirmou que a eleição de Donald Trump nos Estados Unidos não terá impacto concreto na polarização política brasileira. Ele questionou, ainda, a importância do presidente para os brasileiros e suas preocupações cotidianas.

A ida, em janeiro, de uma comitiva de parlamentares de direita aos Estados Unidos para a posse de Trump, que acabou barrada na festa oficial, é vista de forma cômica por Cappelli e “anedótica”, que foi interventor na Segurança Pública do Distrito Federal após o 8 de janeiro.

A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro e o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL) ficaram de fora da Rotunda do Capitólio dos Estados Unidos, onde foi realizada a posse do presidente Donald Trump, em 20 de janeiro. Os dois não puderam ocupar o espaço reservado para o ex-presidente Jair Bolsonaro e tiveram que acompanhar a cerimônia em um estádio de basquete e hóquei localizado em Washington.

Assista à entrevista completa:

Segundo Cappelli, a população brasileira não está preocupada com torcida ideológica. “Eu andei a 26 quilômetros de Brasília, há duas semanas, lá no Sol Nascente. Vi esgoto a céu aberto. É o Trump que vai colocar o esgoto lá para o pessoal, para interferir na realidade política? Ele é quem vai colher os louros eleitorais? As pessoas precisam de resolução para os seus desafios cotidianos. A grande maioria da população brasileira não está preocupada com esse jogo de torcida ideológica”, frisou.

O entrevistado disse ainda que não é só a economia quem manda, mas a vida objetiva das pessoas, como o saneamento básico, que envolve saúde pública, sustentabilidade e respeito ao meio ambiente. Ele apontou que grupos minoritários “ultramobilizados” se agarram a essas fantasias e querem transferir essa pauta para a realidade das pessoas.

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“Uma pessoa que acorda às 5h da manhã para sair lá de Santa Maria, pega o ônibus pensando em Donald Trump? Isso não existe. A vida real das pessoas não é essa. […] A gente tem que pensar nos problemas reais do Brasil, nos desafios concretos do Brasil, e não ficar se perdendo nessa polarização ideológica que, acho, não leva o país a lugar algum”, ressaltou.

*Estagiário sob a supervisão de Andreia Castro

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