IGP-10 recua pelo 3º mês consecutivo e acumula queda de 3,81% em 12 meses

O Índice Geral de Preços-10 (IGP-10) variou negativamente, em 0,33%, em abril e registrou o terceiro recuo consecutivo. Calculado pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV/Ibre), o índice já acumula queda de 3,81% nos últimos 12 meses, e de 0,73% desde o início deste ano.

Para o economista do FGV/Ibre e coordenador da pesquisa, André Braz, há uma tendência de queda nos últimos meses entre commodities, como minério de ferro, feijão e milho. “Essa divergência contribui para que o IPA (Índice de Preços ao Produtor Amplo) e o IGP continuem a registrar quedas em suas taxas de variação. Contudo, novas incertezas nos cenários doméstico e internacional poderiam reverter essa tendência de desaceleração, especialmente com um possível aumento nos preços dos combustíveis, afetando tanto o índice ao produtor quanto ao consumidor”, avalia o economista.

O IPA, que integra o IGP, apresentou uma queda ainda maior do que a registrada no último levantamento. Depois de ter regredido 0,4% em março, o índice que avalia os preços ao produtor caiu 0,56%. Segundo o FGV/Ibre, o principal fator responsável por essa queda foi a reversão de sentido nos preços dos bens finais, que após subirem 0,49% no mês passado, registraram variação negativa de 0,36% em abril.

Em contrapartida, os outros indicadores que compõem o índice geral tiveram aumento neste mês. O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) variou 0,21% em abril, apesar de sete dos oito grupos que compõem o indicador apresentarem decréscimo nas taxas de variação. Os itens que mais contribuíram para esse movimento foram gasolina (2,69% para -0,07%), serviços bancários (2,30% para 0,34%), arroz e feijão (2,78% para -0,54%).

O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC), por sua vez, registrou aumento de 0,33% neste mês, com variações distintas entre os grupos que integram o indicador. Os materiais e equipamentos tiveram decréscimo de aumento, na comparação com março, de 0,34% para 0,19%. Já os serviços, que haviam recuado 0,01% em março, cresceram 0,4%, e a mão de obra passou de 0,21% de aumento no mês passado para 0,5% em abril.

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